7.05.2006

SOFIJ na Imprensa

Jornal Valeparaibano 28/05/06
Música no Ar
Filarmônica Joseense inova com criação da Orquestra Jovem. Proposta é popularizar o erudito em apresentações em associações e escolas
Beatriz Rosa - São José dos Campos

A Sofij (Sociedade Filarmônica Joseense), formada por um grupo de músicos, alunos de música erudita e pais de alunos em São José, lançou nesta semana uma nova orquestra de cordas: a "Orquestra Jovem". Formada por um grupo de 18 músicos da cidade, a orquestra é fruto do trabalho realizado pela associação desde 2005, que mantém oficinas de violão, violino, violoncelo e musicalização infantil --preparatório para os cursos de instrumentos.
Segundo o maestro Rogério Santos, o mais novo fruto da música clássica na região tem o objetivo de facilitar o acesso à linguagem musical e expandir o estudo e a prática da música erudita na cidade. "O incentivo às oficinas de cordas são a base para a formação de futuras orquestras e para a popularização da música erudita.
"Atualmente, a Sofij atende cerca de 100 alunos, divididos em cinco orquestras, sendo duas infantis -- 7 e 16 anos-- e outras três formadas por músicos adultos, até 70 anos. Os músicos mais experientes integram a orquestra principal. E para popularizar o erudito, o grupo pretende levar a boa música do período Barroco por meio de concertos didáticos a entidades, associações e escolas. Amanhã, o grupo se apresenta às 19h, na OAB (veja quadro abaixo).

REPERTÓRIO - Criada como parte integrante da Sofij, a orquestra de cordas se dedica à música erudita, mas também incorpora clássicos contemporâneos. De acordo com o maestro Rogério Santos, mesclando o erudito com o popular, as apresentações da "Orquestra Jovem" trazem no repertório concertos como "As Quatro Estações", de Vivaldi, onde o grupo apresenta Outono e Primavera e a "Pequena Serenata Noturna" de Mozart. Na linha contemporânea, modas bem brasileiras como "Nada será como antes", de Milton Nascimento, "Manhã de Carnaval", de Luis Bonfá e Carinhoso, de Pixinguinha.

DESCOBERTA - Quem descobriu a música erudita, acredita que sua popularização é um avanço cultural para cidade. "Normalmente, ouvimos o que a mídia nos mostra. Mas, existem obras maravilhosas, como as de Bach e Vivaldi, que estão cada vez mais próximas. No início, podemos nos sentir como um peixe fora d'água, mas depois passa", disse a analista de sistemas Márcia Martelotte, 35 anos, moradora do Jardim Alvorada. Segundo ela, há seis anos, quando iniciou as aulas de violino, amigos e familiares estranharam a opção musical. "Para quem ouvia os meus ensaios, música erudita era sinônimo de barulheira. Mas, com a evolução, a aceitação é inevitável, porque a música é maravilhosa.
"Para o estudante de viola erudita Walter Eiji Kakizaki, 17 anos, as oficinas são um meio de integrar música e história. "As letras e melodias são de uma outra época. Mergulhamos numa sinfonia cheia de detalhes e história".
Também integrante da Sociedade, a professora aposentada Vera Lúcia Piccolo, 60 anos, do Parque Industrial, se dedica ao violoncelo há dois anos. "É um sonho realizado.

"A entidade pretende buscar parcerias com empresas privadas e poder público para atender crianças carentes por meio de 150 bolsas de estudo.

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